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Sargento estava com esposa e filhos ao trocar tiros com PMs e agentes

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A esposa e dois dos filhos do sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que morreu após uma troca de tiros com a Polícia Civil (PCDF) estavam em casa no momento do ocorrido. Gilmar Vieira de Melo (foto em destaque) era pai do feminicida Wesly Denny da Silva Melo, 29, suspeito de executar a ex-mulher no início de janeiro.

Gilmar morreu nesse sábado (10/2), no hospital. Ele foi baleado durante uma operação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que tentava localizar possíveis armas de fogo ilegais vinculadas a Wesly Denny.

De acordo com o relato de policiais que participaram da operação, a mulher de Gilmar chegou a ser atingida no braço, possivelmente por estilhaços.

Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). Os filhos do sargento, que não tiveram as idades divulgadas, mas eram crianças, também foram levados para uma unidade de saúde, mas se feriram.

Ao serem retiradas de casa, os menores tiveram os olhos tampados por agentes da PCDF e militares da PMDF, para que “não presenciassem o pai alvejado”.

Detalhes da operação

Segundo um sargento da PMDF que participou da operação, os policiais identificaram Gilmar quando bateram à porta da casa dele. Após o colega de farda abrir, os militares notaram que ele estava sem camisa e com uma arma visível na cintura da calça jeans. O sargento também estava com o dedo no gatilho.

Gilmar não teria obedecido às ordens dos PMs e sacou a arma. Em seguida, um policial civil reagiu, “em clara legítima defesa”, e teve início uma troca de tiros.

Policiais que participaram da ação relataram em depoimento à PCDF que a casa tinha um corredor estreito, além de outras barreiras que dificultavam a movimentação; por isso, estavam com medo de atingir um dos colegas.

“Gilmar estava na sala, deitado de lado, efetuando disparos”, contou um outro sargento da PMDF, em depoimento. Nesse momento, porém, o alvo da operação já havia sido atingido na barriga.

Após insistentes ordens, Gilmar largou a arma e foi socorrido. Um policial civil confirmou as informações do policial militar aos investigadores, reforçou que o alvo não atendia aos comandos de se entregar e que o tipo do imóvel dificultou a operação.

Armas ilegais com feminicida

A coluna Na Mira apurou que Wesly usou uma pistola 9mm para matar a ex-esposa Tainara Kellen Mesquita da Silva, 26. Uma testemunha relatou à polícia que o agressor – com 11 registros na ficha criminal – ainda guardava em casa um rifle e quatro pistolas.

Wesly está preso desde 11 de fevereiro, um dia depois de cometer o feminicídio. A polícia também apreendeu, no Entorno do Distrito Federal, a arma e o carro usados por ele.

Os mandados da operação do MPDFT tinham como alvo casas de parentes de Wesly, que tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

A investigação do feminicídio continua e as operações de procura das armas desdobram o caso. Quando Wesly Denny da Silva Melo era considerado foragido, sua casa foi alvo de buscas. Lá foi encontrada uma arma de fogo sem registro e documentos relacionados a outras armas, inclusive um fuzil.

Como os armamentos mencionados pela testemunha não tinham identificação nos sistemas dos órgãos responsáveis pelo registro de armas, o MPDFT deflagrou a operação, para busca e apreensão dos itens em situação irregular.

Assassinato da ex-companheira

Tainara foi vítima de feminicídio na frente da própria filha, de 5 anos, em 10 de janeiro de 2024. O crime ocorreu na rua, na Quadra 29 do Setor Leste do Gama. Wesly Denny foi preso após uma operação conjunta da PMDF e a Polícia Militar de Goiás (PMGO), no dia seguinte, em Santa Maria.


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Tainara trabalhava em um salão de beleza perto de onde morava. O criminoso enviou um WhatsApp para a vítima por um número desconhecido e se passou por um suposto cliente que queria agendar um serviço.

A fim de atrair Tainara para fora do estabelecimento, Wesly, ainda fingindo ser cliente, mentiu que estava na rua do salão, mas disse que não encontrava o endereço.

Quando a vítima saiu do local de trabalho para ajudar, o feminicida sacou a pistola e disparou 16 tiros, dos quais ao menos seis acertaram a vítima: um no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas.

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