Além disso, são esperados recordes para duas culturas importantes: o milho e o algodão.
A safra de milho foi favorecida pela antecipação do plantio e pelas condições meteorológicas no período. Segundo o analista da pesquisa, Carlos Alberto Barradas, “o clima e os preços promissores estimularam os produtores a investir nessa cultura”. Em 2019, a produção de milho deve chegar a 100,2 milhões de toneladas, das quais cerca de 74,1 milhões são provenientes da segunda safra, que também atingiu seu maior volume.
Em 2019, o Brasil deve colher 6,9 milhões de toneladas de algodão, uma alta de 39% em relação a 2018. Esse recorde, segundo o analista do IBGE, se deveu ao clima favorável e à alta dos preços do produto no mercado internacional, graças à redução dos estoques na China. Cerca de 67,8% da produção de algodão do país sairão de Mato Grosso.
Em contrapartida, houve queda na produção de três culturas importantes: arroz, soja e café. Segundo Barradas, o arroz teve uma “drástica redução” em sua área plantada, principalmente no Rio Grande do Sul, cedendo terreno para a soja, que é mais rentável. “A introdução da cultura irrigada do arroz já permite a rotação dessas culturas”, explicou o analista do IBGE.
No caso do café, espera-se uma redução de 21,2% em relação à safra de 2018, devido à alternância entre anos de alta e de baixa produção, que é uma característica do produto. Já a soja foi prejudicada pela seca e as altas temperaturas que ocorreram durante o plantio, principalmente no Paraná, em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
No entanto, Barradas salienta que a produção dessas três culturas ainda manteve um nível excelente, suficiente para atender a demanda desses produtos no país.