sexta-feira, 19 abril 2024
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Usina de Itaipu: Mordomias para a cúpula do Judiciário

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Usina de Itaipu: Usina de mordomias, Hotéis cinco estrelas, voos em classe executiva, férias esticadas e palestras remuneradas: documentos mostram como a hidrelétrica de Itaipu virou uma generosa fonte de recursos para bancar a doce vida de altas autoridades do Judiciário em eventos pelo mundo

…tudo bancado por dinheiro da hidrelétrica Usina de Itaipu — companhia controlada pelos governos do Brasil e do Paraguai cujo orçamento passa ao largo de órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União.

Janaina Paschoal demonstrou perplexidade com as mordomias de altas autoridades do Judiciário bancadas pela Itaipu.

“Nesta semana, cansada de tanta safadeza, eu fiz um discurso na Assembleia, dizendo que ‘temos cara de trouxas’, mas não somos trouxas. Depois de ler a matéria de capa da Crusoé, concluo que talvez sejamos trouxas mesmo. É uma vergonha! Dá uma revolta imensa!”, afirmou.

“Por que Itaipu financia eventos jurídicos (sem aparecer)? Por que pessoas que dizem querer disseminar o conhecimento precisam de tanto requinte? Por que essas altas autoridades não dão palestras no Brasil? Nojo! Eu tenho nojo de tudo isso!”

Jair Bolsonaro demitiu o advogado Cezar Eduardo Ziliotto da diretoria jurídica de Itaipu.

O diretor demitido foi indicado por Gilmar Mendes

Exonerada de Itaipu na semana passada, Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher de Gilmar Mendes, havia chegado ao cargo pelas mãos do então ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho.

Como o nome indica, o ex-ministro vem a ser filho do senador Fernando Bezerra Coelho, que teve sua denúncia na Lava Jato arquivada pela Segunda Turma, com votos de Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Por coincidência, Bezerra pai é o relator da MP 870 e responsável por acolher a polêmica emenda de Eduardo Braga que restringe os poderes da Receita – após o vazamento de apuração de auditores sobre o patrimônio de Gilmar e sua atual esposa, Guiomar.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, mandou cancelar todos os convênios de patrocínio que estavam em vigor, mas não tinham relação com a missão da empresa.

No total, foram rescindidos contratos da ordem de R$ 42 milhões. Um dos nove convênios cancelados foi o assinado entre a Itaipu e a FGV, que está promovendo o VII Fórum Jurídico de Lisboa – encontro que tem Gilmar Mendes entre os organizadores.

O convênio foi assinado em novembro, no final da gestão Michel Temer, e seu montante era de R$ 3,369 milhões, a serem pagos em três parcelas. Ainda em dezembro, porém, foram enviados à FGV R$ 2,492 milhões, mais de 70% do valor total.

Os R$ 876 mil restantes, que deveriam ser repassados no início do ano, foram bloqueados pela nova administração de Itaipu.

Rogério Favreto, aquele mesmo desembargador que tentou soltar Lula, concedeu liminar afastando Carlos Marun do cargo de conselheiro de Itaipu.

O ex-ministro da Secretaria de Governo foi nomeado para o conselho da usina no último dia da gestão de Michel Temer, 31 de dezembro.

Usina de Itaipu Binacional é o paraíso das boquinhas.

Dilma Rousseff nomeou, entre outros, João Vaccari Neto, Jaques Wagner e Roberto Amaral, lulista do Foro de São Paulo, para cargos da usina hidrelétrica situada na fronteira entre Brasil e Paraguai.

O salário dos conselheiros eram na época de R$ 20,8 mil.

Michel Temer, claro, também explora o loteamento por lá.

Com um orçamento de US$ 50 milhões, a Superintendência de Comunicação de Itaipu tornou-se um dos postos mais cobiçados por aliados do governo após a votação da denúncia contra Temer, segundo o Painel da Folha.

“O chefe da área foi indicado por Rubens Bueno (PPS-PR), que votou pelo afastamento do presidente. Como retaliação, o governo decidiu exonerar seu afilhado, mas o PSD clamou pela permanência. Agora, o ministro Ricardo Barros (Saúde) dá sinais de que quer escolher novo titular para o posto.”

 

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