Preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (26/2), o morador da zona rural de Baraúna Ronaildo da Silva Fernandes (foto em destaque), de 38 anos, é suspeito de fornecer abrigo e comida aos foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Há informações de que Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, e Rogério da Silva Mendonça, o Tatu, pagaram R$ 5 mil ao mecânico. Até o momento, cinco suspeitos foram presos.
Segundo apurações, o homem teria atuado em conjunto com outro suspeito, preso na quinta-feira (22). Este teria fornecido transporte e armamento aos fugitivos.
Conforme a coluna Na Mira noticiou nesta segunda-feira (26), Ronaildo Fernandes chegou a contar à polícia que foi surpreendido pela dupla no momento em que estava em casa com a companheira, na madrugada de 17 de fevereiro, já no quarto dia de buscas pelos bandidos.
O homem detalhou que os dois arrombaram a porta, mas não machucaram a família. “Pediram para a gente ter calma e que não ia acontecer nada se fizéssemos o que eles pedissem”, disse. O morador ressaltou que os criminosos sabiam de informações sobre a família e que “pareceu que eles foram direcionados” para o endereço.
“Falavam o tempo todo que tinha gente de olho em nós, mas que não aconteceria nada se ajudássemos”, afirmou. O homem relatou que passou a fazer compras todos os dias para os criminosos.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró
foto-fugitivos-de-mossoró-lista-interpol
foto-buraco-mossoró-1
Presídio foto-buraco-na-parede-em-Mossoró
Buscas pelos fugitivos da penitenciária de Mossoró
Camisa de um dos procurados pela polícia após fugir do presídio federal de Mossoró
presidiomossoro4
Presos que fugiram da penitenciária de Mossoró são “matadores” do CV
presidiomossoro
Reprodução/Depen
Recompensa Fugitivos Mossoró
Recompensa Fugitivos Mossoró 1
Recompensa Fugitivos Mossoró 2
Recompensa Fugitivos Mossoró 3
buraco terra fugitivos mossoró
localização mossoro
0
Os alimentos eram deixados embaixo de uma pequena árvore localizada no terreno. “Comprava bolacha, danone e carne em lata. Só deixava a comida lá e seguia com a minha rotina. Não tinha contato com eles”, pontuou.
Deibson e Rogério abriram um buraco na mata, onde dormiam para se esconder de drones que detectam calor humano. A saga do morador durou sete dias, quando, na sexta-feira (23/2), ele foi parado em uma barreira policial e contou o que estava acontecendo.
O homem foi detido duas vezes e prestou depoimento à polícia. Explicou que apenas colaborou com os fugitivos porque sofreu ameaças.
Segundo as investigações, os criminosos abandonaram o esconderijo na sexta. No local em que a dupla construiu o esconderijo, os policiais encontraram alguns objetos, como facão, lona e alimentos.