sexta-feira, 3 maio 2024
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Braiscompany: PF prende casal que ganhou R$ 370 milhões com pirâmide

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Após trabalho de cooperação internacional, a Polícia Federal e a Interpol na Argentina prenderam, na noite dessa quinta-feira (29/2), o casal brasileiro dono de empresa Braiscompany, investigada na Operação Halving.

A troca de informações que viabilizou a ação se deu entre a Superintendência da PF na Paraíba, o Escritório Central da Interpol em Brasília e sua congênere no país vizinho.

O casal foi condenado pela Justiça Federal em Campina Grande (PB) e tem penas somadas que superam 150 anos de prisão. Foragidos do Brasil há um ano, tinham os nomes registrados na Difusão Vermelha da Interpol.

Autoridades da Argentina informaram que eles estavam em um condomínio de luxo quando foram presos. De acordo com a PF, o montante a ser reparado às vítimas é da ordem de mais de R$ 370 milhões, entre danos patrimoniais e coletivo.

A dupla presa segue à disposição da Justiça da Argentina enquanto tramita o procedido de extradição para o Brasil.

Operação Halving

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram, em 21 de julho do ano passado, a nova fase da Operação Halving, que investiga a Braiscompany, empresa de criptoativos suspeita de cometer crimes contra o sistema financeiro.

De acordo com a PF, o objetivo é investigar suposta lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais que teriam sido cometidos por sócios e colaboradores da Braiscompany.

A PF suspeita que tenham sido movimentados R$ 2 bilhões em criptoativos nos últimos quatro anos, por meio de “pirâmides financeiras”. Por decisão da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba, foram bloqueados R$ 136 milhões dos investigados.

Chama-se de pirâmide financeira um esquema irregular e insustentável que gera dinheiro por meio da adesão desenfreada de novos participantes. Pode haver ou não a venda de produtos ou serviços.

As três fases anteriores da operação da PF ocorreram em fevereiro, abril e maio de 2023.

Fundada em 2018, em Campina Grande (PB), a Braiscompany prometia aos clientes rendimentos de até 9% em operações envolvendo criptomoedas. Em abril, alguns clientes alegaram que haviam tido um prejuízo de US$ 260 milhões.

O caso Braiscompany

Como o Metrópoles mostrou em reportagens publicadas no início de 2023, a Braiscompany “aluga” bitcoins de clientes. Os criptoativos ficam custodiados em uma carteira gerida pela companhia. Em troca, ela oferece retornos com taxas que podem variar de 6% a 8% ao mês.

Clientes afirmam que, ao menos desde dezembro de 2022, os depósitos dos rendimentos estão atrasados. O problema pode atingir cerca de 12 mil investidores de todos os portes e um montante de R$ 600 milhões, embora sua real dimensão ainda seja desconhecida.

Desde o fim de janeiro do ano passado, o Ministério Público da Paraíba (MP-PB) apura denúncias contra a Braiscompany. A análise do MP tomou como base acusações feitas por investidores que não estão recebendo os rendimentos estabelecidos em contrato feitos com a companhia.

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