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Falta de remédio ameaça tratamento de jovem do DF com tumor no cérebro

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A jovem brasiliense Débora Dutra de Mesquita, 24 anos, foi diagnosticada com um tumor no cérebro e precisa de um medicamento chamado Temozolamida. Em 27 de dezembro de 2023, o Metrópoles publicou a reportagem denunciando a falta desse medicamento na Farmácia de Alto Custo do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). À época, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) concedeu o medicamento à família, mas após um mês, o fármaco voltou a faltar na rede, interrompendo o tratamento de pacientes novamente.

Segundo a mãe da estudante de arquitetura, Sara Dutra de Carvalho, 52, ao buscar o Temozolamida em dezembro, ninguém havia dado certeza de que o tratamento teria continuidade. Faltando 15 dias para acabar a primeira etapa do procedimento, a artesã procurou os profissionais de saúde para saber do remédio, mas recebeu uma resposta desagradável. “Aconteceu o que eu já esperava: ela tomou a primeira caixa, mas na hora de dar continuidade, no segundo ciclo, eles agora estão nos enrolando. Uma caixa só não resolve”, declarou.

A família recebeu a informação de que o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) tem o estoque do remédio, mas precisa que alguém da chefia do Hospital de Base entre em contato com os responsáveis pelo HRT para que o medicamento seja autorizado para entrega.

“Simplesmente ninguém faz nada. É muita falta de boa vontade. Não tenho mais a quem recorrer, minha família não tem condições de comprar esse medicamento. Estou desesperada”, relatou Sara.


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Meses atrás, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) pediu aos familiares que fizessem um orçamento para viabilizar os custos do tratamento. O mais barato havia saído por R$ 97 mil, para o tratamento durante o ano todo – ou seja, cada caixa de remédio custaria em torno de R$ 8 mil por mês, valor inviável para os familiares de Débora.

A Secretaria recorreu, insinuando que a mãe de Débora havia feito um orçamento a mais, na intenção de lucrar em cima da saúde pública. “A Secretaria disse que fez uma pesquisa no Google e encontrou um medicamento no Espírito Santo, a R$ 1,3 mil. E o tratamento completo sairia por menos de R$ 17 mil, mas não deram o respaldo desse medicamento”, disse Sara.

“Como eu que não sou médica, vou comprar um medicamento em uma farmácia no Espírito Santo se não sei nem a idoneidade do produto e se vou receber?”, questionou a mãe da paciente.

Procurada, a Secretaria de Saúde do DF disse que abriu um processo para adquirir o medicamento. “A Secretaria de Saúde informa que já está com processo de compra emergencial do medicamento Temozolamida 250mg em andamento”.

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