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Mãe denuncia negligência do HRT na morte da filha após parto demorado

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Isadora Cristina de Souza, 27 anos, denuncia a morte da filha recém-nascida, de apenas 3 dias de vida, após complicações ocorridas durante o trabalho de parto, realizado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A mãe alega que a demora para realização do procedimento colaborou para a morte da pequena Aurora.

A monitora relata que procurou a emergência do HRT no dia 9 de maio após receber a recomendação de internação e de parto cesárea. A mulher diz que começou a apresentar picos de pressão alta a partir da 38ª semana de gestação.

Assinada pela médica que a acompanhou durante o pré-natal, a recomendação indicava “urgência na viabilidade fetal e possível interrupção de gestação”.

No HRT, porém, Isadora foi informada pela médica plantonista que o protocolo era diferente, e a orientou a realizar a aferição de pressão e o exame de cardiotocografia (que avalia a vitalidade do feto) dias depois.

Em 17 de maio, a mulher, que já estava com 39 semanas e dois dias de gestação, retornou à emergência, onde foi constada a pressão alta e solicitado o processo de internação para indução do parto, tendo durado cerca de 24 horas.

Contudo, de acordo com Isadora, ela não teve dilatação necessária do parto normal nem contrações ou rompimento da bolsa.

“Eu recebi o meu prontuário enviado pelo HRT e lá constam todas as aferições, todos os procedimentos que eles fizeram. E consta que a minha bebê tinha batimentos normais a todo tempo, inclusive na última aferição, que foi às 18h04. Mas eles esperaram para fazer a cesárea só quando já não ouviram mais, por volta de 19h40. A todo momento, o meu prontuário deixa bem claro que o meu bebê tinha batimentos normais, sem alterações”, disse Isadora.

Quando os médicos foram conferir os batimentos cardíacos de Aurora pela última vez, na noite de 18 de maio, constaram que não era possível ouvir o coração da bebê, momento em que a mãe foi encaminhada para uma cesárea de emergência.

Aurora nasceu em parada cardíaca, e a equipe iniciou manobras de ressuscitação por cerca de 20 minutos, inclusive com o uso de adrenalina.

Ela conta que, após o parto, ainda na sala de recuperação, uma das médicas que a acompanhou no acolhimento teria se desculpado pelo ocorrido.

“Ela veio até mim, me abraçou, pegou na minha mão, pediu perdão. Ela falou: ‘Perdão, é culpa nossa. Nós somos os únicos responsáveis’, e saiu chorando de dentro da sala”, afirmou.


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O bebê voltou a apresentar sinais vitais e foi intubado imediatamente, mas encaminhado apenas na tarde do dia seguinte para a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal do HRT. A morte da menina foi registrada na manhã dessa terça-feira (21/5).

De acordo com Isadora, durante esse período entre a transferência para a UTI e o óbito, a filha teve ao menos oito paradas cardíacas. “A todo momento me diziam que o quadro da minha bebê era muito grave.”

A mulher registrou uma reclamação na Ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF) e um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A circunstância da morte da bebê é investigada pela 12ª DP (Taguatinga).

“Nada disso traz minha filha de volta, mas dá esperança de que isso não vá mais acontecer com gestantes e com outros bebês, que outras não passem pela dor que eu estou passando.”

Quatro óbitos de crianças em um mês

Este foi o quarto caso de morte de criança na rede pública de saúde do Distrito Federal em pouco mais de um mês. As famílias denunciam negligência.

O primeiro, ocorrido em 14 de abril, é o da bebê Jasminy Cristina de Paula Santos, de 1 mês. Ela recebeu diagnóstico preliminar de bronquiolite, mas não houve solicitação de exames.

O segundo foi de Anna Júlia Galvão, que teve o diagnóstico inicial errado e depois passou cerca de sete horas à espera de uma ambulância para levá-la de uma unidade de pronto-atendimento (UPA) para o Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), onde foi intubada e faleceu em 17 de abril.

A terceira morte é a de Enzo Gabriel , que morreu em 15 de maio na mesma UPA que Jasminy. Ele tinha apenas 1 ano e morreu à espera de leito de UTI. Os familiares também alegam negligência. Esses dois casos são investigados pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).

O que diz a Secretaria de Saúde

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que a paciente Isadora Cristina de Souza realizou consultas de pré-natal na Unidade Básica da Rede e que foi internada no Hospital Regional de Taguatinga para realização do parto no dia 17 de maio.

“A pasta destaca que, durante a internação, foi avaliada a vitalidade sem intercorrências. Foram realizadas escutas seriadas do feto e a mãe permaneceu em observação com indução do trabalho de parto, recebendo todas as orientações necessárias.”

Ainda segundo o secretaria, “durante o trabalho de parto foi indicada cesárea de emergência. A pasta esclarece que o bebê nasceu necessitando de reanimação. Após essas manobras de reanimação, foi encaminhado à UTI Neonatal do mesmo hospital, onde permaneceu por dois dias sob cuidados intensivos”.

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