Foro de São Paulo – Todos nós já ouvimos a expressão “enxugar gelo” e a compreendemos com facilidade. Enxugar gelo é um gasto de energia inútil, porque implica na ideia de que é possível resolver um problema agindo sobre seu efeito e não sobre a causa. Se o gelo derrete e passa ao estado líquido, a solução não é enxugá-lo, mas devolvê-lo a um ambiente com temperatura de, no máximo, zero grau.
Muito se fala no Brasil dos efeitos, quase nada da causa. Reclamamos do Supremo Tribunal e de grande parte do Judiciário, praguejamos o Congresso, o Ministério Público, a Imprensa, denunciamos a ação imoral dos partidos políticos e das ONGs ambientalistas ou de Direitos Humanos, nos escandalizamos com o narcotráfico e com a corrupção e vamos às ruas gritar: “enxuguemos gelo, enxuguemos gelo”.
Mas, então, qual seria a causa?
Há um termo muito comum para ser referir aos homens e grupos mais poderosos da política norte-americana: são os “falcões”, forças muitas vezes ocultas, invisíveis, que agem sobre os agentes sociais e de Estado, influenciando-os e, na maior parte do tempo, determinando os rumos dos sucessivos governos. Ainda que a comparação seja insuficiente, ela nos ajuda entender o que se passa no Brasil. Os falcões do Brasil e da America Latina são os agentes que controlam o Foro de São Paulo, uma união de partidos de Esquerda, guerrilheiros e, consequentemente, crime organizado, que determinam há décadas os rumos da política brasileira, as pautas da imprensa e que de alguma forma controlam um sem número de organizações.
Porém, o Foro de São Paulo (FSP) sofreu alguns revezes nos últimos anos com a Operação Lava Jato e a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder. Essas derrotas, porém, não foram suficientes para tirar a hegemonia do FSP sobre o Brasil. Isso explica as dificuldades de Bolsonaro para governar, a ação do STF para libertar criminosos, o boicote no Congresso Nacional ao pacote anticrime, a campanha da imprensa contra Bolsonaro, o alarde sobre as rotineiras queimadas na Amazônia em contraste com o silêncio sobre o petróleo venezuelano na costa do Nordeste, a tentativa de assassinato de Bolsonaro, a ação de advogados de Adelio Bispo e tudo o mais que trava o desenvolvimento do Brasil e o bem estar da nação.
Protestar contra o STF ou contra a imprensa, portanto, é como reclamar do revólver em um homicídio. Eles são instrumentos do Foro de São Paulo como a arma o é do assassino. É evidente que você que ora lê esse artigo não vai encontrar essa informação na imprensa, mas a liberdade proporcionada pela internet nos permitiu conhecer o Foro de São Paulo, sobretudo a partir da divulgação pelo Professor Olavo de Carvalho e, posteriormente por outros estudiosos e jornalistas independentes no Brasil e no estrangeiro.
Levar à compreensão geral da nação de que esse é o inimigo é o grande desafio. Um desafio imenso. Há farta documentação, livros sobre o assunto, provas em abundância, mas a luta é desigual, pois a sociedade está acostumada a ter na grande imprensa a sua referência de informação, sem poder calcular que se a própria imprensa é um dos meios de ação do FSP, não será através dela que saberemos dos seus crimes.
A realidade é que o Foro de São Paulo ainda é um ilustre desconhecido da maioria deste país em que a ignorância sobre algo é tida como respeitável e até inquestionável fonte de autoridade intelectual.
Sem compreendê-lo, não será possível compreender o Brasil. Não se trata de fazer profissão de fé e crer cegamente no poder do Foro de São Paulo. Trata-se de tomar conhecimento disso e buscar meios para saber mais com quem conhece do assunto. Não podemos mais calar sobre esse assunto sob pena de continuarmos vivendo como idiotas enxugadores de gelo.
Autor: Thiago Rachid