Apesar do resultado deficitário, estimativa preliminar da Consultoria da Casa revelou aumento das receitas totais e redução de despesas em relação ao do mesmo mês do ano anterior
Um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Conof) divulgado no último domingo (16) trouxe à tona preocupações significativas sobre a saúde fiscal do Brasil. De acordo com o relatório, o governo federal está projetado para encerrar fevereiro de 2025 com um déficit primário de R$ 31,7 bilhões. Este valor resulta de receitas de R$ 142 bilhões contra despesas de R$ 174 bilhões, destacando um desequilíbrio que precisa ser abordado com urgência.
A análise do relatório da
Câmara dos Deputados revela que, embora as receitas tenham crescido 1,3% em comparação ao ano anterior, as despesas totais caíram 13%. Essa redução nas despesas, no entanto, não foi suficiente para evitar o déficit, principalmente devido ao impacto dos precatórios. Em fevereiro do ano passado, o pagamento de precatórios somou R$ 31 bilhões, uma quantia que, se desconsiderada, tornaria o resultado de fevereiro de 2025 semelhante ao do mesmo mês do ano anterior.
Além disso, o Conselho aponta para a necessidade de ajustes no projeto de lei orçamentária anual de 2025. A arrecadação administrada pela Receita Federal no primeiro bimestre de 2025 foi R$ 6,7 bilhões inferior ao projetado. Este descompasso entre a arrecadação esperada e a realça a urgência de revisões no orçamento para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
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