Moscou tem atacado a rede energética da Ucrânia todos os invernos desde a invasão de 2022, cortando o fornecimento de eletricidade e a calefação de milhões de residências e interrompendo o fornecimento de água
Um ataque russo na região de Odessa, no sul da Ucrânia, deixou milhares de pessoas sem energia às vésperas do inverno. “Ontem à noite, o inimigo atacou a infraestrutura de energia e civil na região de Odessa”, disse o governador Oleg Kiper no Telegram, neste sábado (11). “Engenheiros elétricos estão fazendo todo o possível para restaurar totalmente o fornecimento de energia”, acrescentou.
Moscou tem atacado a rede energética da Ucrânia todos os invernos desde a invasão de 2022, cortando o fornecimento de eletricidade e a calefação de milhões de residências e interrompendo o fornecimento de água, no que Kiev considera um flagrante crime de guerra. A Rússia nega que civis sejam o alvo, argumentando que a Ucrânia usa sua infraestrutura elétrica para abastecer seu aparato militar.
Kiev, por sua vez, sustenta que os ataques são direcionados principalmente contra civis. Os cortes de energia deste sábado ocorreram um dia após um ataque russo em larga escala ter cortado o fornecimento de energia em grande parte de Kiev e em outras nove regiões do país. A DTEK confirmou na manhã deste sábado que havia restabelecido o fornecimento de energia em mais de 800.000 residências na capital após este ataque.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou seu homólogo americano, Donald Trump, durante uma conversa telefônica neste, a selar a paz na Ucrânia, assim como fez no Oriente Médio.”Parabenizei o presidente Donald J. Trump por seu sucesso e pelo acordo no Oriente Médio que ele conseguiu alcançar, o que é uma conquista extraordinária”, escreveu Zelensky em uma publicação no Facebook. “Se é possível deter uma guerra em uma região, certamente é possível deter outras guerras, incluindo a da Rússia”, acrescentou.
Zelensky já havia pedido a Trump que pressionasse o presidente russo, Vladimir Putin, a interromper os bombardeios contra a Ucrânia, invadida por Moscou em fevereiro de 2022. Uma delegação ucraniana deve viajar aos Estados Unidos “no início da próxima semana” para discutir possíveis sanções, energia e a defesa aérea da Ucrânia, anunciou Zelensky na quinta-feira. “A questão do congelamento de ativos russos também será discutida com os Estados Unidos”, acrescentou o líder ucraniano.
Com informações da AFP