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Cessar-fogo em Gaza: Hamas entrega três reféns, e Israel libera 90 prisioneiros em primeira troca

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O Hamas libertou neste domingo (19/1) as três primeiras reféns israelenses após cessar-fogo em Gaza entrar em vigor: Doron Steinbrecher, de 31 anos, Emily Damari, de 28, e Romi Gonen, de 24.

Em troca, Israel liberou 90 prisioneiros palestinos. A informação foi confirmada pelo serviço penitenciário israelense na Cisjordânia na madrugada de segunda-feira (20/1), no horário local.

Entre os palestinos libertados, estão mulheres e adolescentes.

O cessar-fogo teve início às 11h15 do horário local (6h15 do horário de Brasília), depois de 15 meses de conflito e um atraso de três horas em relação à hora de início originalmente prevista.

A expectativa é que 33 reféns israelenses e 1,9 mil prisioneiros palestinos sejam entregues na primeira fase do acordo de cessar-fogo

Segundo o governo de Israel, de três a quatro reféns serão devolvidos a cada semana.

Neste domingo, a entrega das primeiras reféns pelo Hamas aconteceu no meio de uma rua em Gaza, acompanhada por uma multidão. Vídeos mostram homens armados encapuzados entregando as três mulheres para a Cruz Vermelha, organização humanitária que atua em áreas de conflito.

Por volta das 13h no horário local (10h no horário de Brasília), as mulheres entraram de volta no território israelense. Elas foram levadas a um hospital nos arredores de Tel Aviv.

Uma das reféns, Emily Damari, apareceu com uma das mãos enfaixada e sem dois dedos, mas aparentemente com bom ânimo.

O trio apresentava uma condição “estável” de saúde, mas deve ficar internado para monitoramento, segundo informações do hospital Sheba.

Pessoas em volta de carro com palestinos soltos de prisão

Crédito,REUTERS/Ammar Awad

Legenda da foto,Prisioneiros palestinos são liberados de prisão por Israel

Sobre a entrega de palestinos, o Hamas anunciou que 30 prisioneiros serão libertados das prisões israelenses a cada refém israelense libertado nesta primeira fase.

Os palestinos libertados das prisões israelenses nesta segunda incluem 69 mulheres e 21 adolescentes da Cisjordânia e de Jerusalém, segundo o Hamas.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a maioria das pessoas libertadas foi detida recentemente e não foi julgada ou condenada.

Um oficial do Hamas afirmou à agência de notícias AFP que a próxima troca de reféns e prisioneiros acontecerá no próximo sábado (25/1).

Romi Gonen reencontra a mãe em Israel

Crédito,IDF

Legenda da foto,Romi Gonen reencontra a mãe em Israel após ser libertada pelo Hamas

O início do cessar-fogo

O acordo prevê que os ataques entre Israel e o Hamas parem e que os reféns israelenses detidos pelo Hamas sejam libertados, por fases, em troca de prisioneiros palestinos mantidos em prisões em Israel (leia mais detalhes abaixo).

A confirmação sobre o início do cessar-fogo foi dada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após ser compartilhada a lista dos 33 reféns israelenses que serão libertados pelo Hamas como parte da primeira fase do acordo.

A lista, publicada pela conta oficial de Israel na rede social X, inclui os reféns mais jovens e mais velhos feitos pelo Hamas em 7 de outubro.

Mulher palestina libertada por Israel chega a Ramallah, na Cisjordânia

Crédito,REUTERS/Mussa Qawasma

Legenda da foto,Mulher palestina libertada por Israel chega a Ramallah, na Cisjordânia

O cessar-fogo deveria ter começado às 8h30 de domingo (horário local), mas Israel adiou o início faltando menos de uma hora, depois que o Hamas não cedeu a lista de reféns a tempo — o Hamas disse que isso ocorreu “devido a razões técnicas de campo”.

Antes, até a entrada em vigor do cessar-fogo, Israel continuou a realizar ataques em Gaza e pelo menos 19 mortes ocorreram, segundo a agência de defesa civil dirigida pelo Hamas.

Reprodução de foto divulgada pelo governo de Israel mostra fotos dos reféns israelenses a serem libertados pelo Hamas

Crédito,Israel/X

Legenda da foto,A lista de nomes foi publicada em rede social do governo de Israel

Renúncia de ministros em Israel

O partido de direita radical Poder Judeu anunciou que está deixando a coalizão de governo israelense em protesto contra o acordo de cessar-fogo.

A saída deixa o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com uma maioria parlamentar mínima para governar.

Com a retirada da sigla, os ministros da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, junto com Yitzhak Wasserlauf (ministro do Desenvolvimento da Periferia) e Amichai Eliyahu (ministro do Patrimônio de Israel), apresentaram suas cartas de renúncia na manhã deste domingo.

Ben-Gvir vinha sendo um opositor declarado do acordo de cessar-fogo, defendendo que Israel continue sua operação militar contra o Hamas em Gaza.

Em carta enviada a Netanyahu para anunciar sua renúncia, Ben-Gvir afirmou que não tentará derrubar o governo, mas chamou o acordo de cessar-fogo de uma “vitória completa para o terrorismo”.

O que mais prevê o acordo de cessar-fogo

O acordo, intermediado pelos Estados Unidos e pelo Catar, é dividido em três fases, com objetivos distintos e escalonados.

Na primeira fase, que entrou em vigor neste domingo e terá duração de seis semanas, 33 reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos, serão libertados em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Paralelamente, as forças israelenses devem recuar para o leste, afastando-se das áreas mais densamente povoadas de Gaza. Esse movimento permitirá que palestinos deslocados comecem a retornar às suas casas, interrompendo temporariamente o conflito direto em áreas urbanas.

Além disso, está prevista a entrada diária de centenas de caminhões de ajuda humanitária no território palestino, aliviando a grave crise humanitária na região.

Crianças e mulheres celebram anúncio de cessar-fogo

Crédito,YOUSSEF ALZANOUN/Middle East Images/AFP via Getty Images

Legenda da foto,Pessoas celebram anúncio do cessar-fogo em região central da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025

A segunda fase do acordo será marcada por novas negociações para a libertação dos reféns restantes. Esse período também incluirá o recuo total das tropas israelenses em Gaza e esforços para alcançar uma “calma sustentável”.

A expectativa é que essa etapa estabeleça as bases para um acordo mais duradouro, evitando a retomada imediata do conflito armado.

Por fim, a terceira e última fase focará no retorno dos restos mortais de quaisquer reféns que não sobreviveram ao cativeiro.

Além disso, será iniciada a reconstrução de Gaza, o que inclui a restauração de infraestrutura essencial e assistência às famílias afetadas pela destruição.

Esse processo, no entanto, pode levar anos, considerando a magnitude dos danos causados pelo conflito.

O Hamas atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e levando 251 de volta para Gaza como reféns.

O ataque desencadeou uma enorme ofensiva israelense em Gaza, durante a qual mais de 46.800 palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

BBC NEWS

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