As taxas de desemprego no Distrito Federal caíram desde o início da pandemia, em março de 2020, e seguem apresentando resultados otimistas. Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF (PED-DF), realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), mostra que a capital tem o terceiro mês consecutivo de redução nos índices de pessoas sem emprego. Os índices apresentam melhora nas contratações e em setores específicos, como o de empregados domésticos, construção civil e serviços.
Em abril, a taxa total de desemprego era de 19,6% da população economicamente ativa. Em maio, caiu para 19,4%, seguindo a redução de desempregados em junho (18,7%) e, agora, em julho (18,2%). A taxa de participação no mercado de trabalho do DF também variou positivamente, entre junho e julho, ao oscilar de 65% para 65,4%.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (30/8), em julho de 2021, o contingente de desempregados foi estimado em 301 mil pessoas, 7 mil a menos do que o observado no mês anterior, resultado da redução no número de pessoas em desemprego aberto (-1,5%, ou -4 mil) e em desemprego oculto (-6,1%, ou -3 mil).
“Alcançamos em julho/2021 o maior contingente de trabalhadores ocupados desde janeiro/2019. Nos últimos três meses, tivemos uma queda consecutiva do número total de desempregados e a recuperação de setores importantes da nossa economia, como a construção civil e o setor de serviços, especialmente a administração pública. A saída da atual crise econômica passa pela geração de emprego. E os dados dos últimos meses apontam isso”, afirmou o presidente da Codeplan, Jean Lima.
Neste mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu, como resultado do acréscimo do nível de ocupação. Foram gerados mais 19 mil postos de trabalho, em número maior que o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), de 12 mil pessoas.
Empregados domésticos
Os responsáveis pelo aumento do contingente de ocupados estão na geração dos postos de trabalho no setor de serviços, assim como o aumento entre os assalariados do setor público, os assalariados do setor privado com carteira de trabalho assinada e os empregados domésticos, que voltaram a ganhar mercado.
O nível de ocupação teve aumento (1,4%), e o contingente de ocupados foi estimado em 1.355 pessoas. Setorialmente, o número de ocupados aumentou no setor de serviços (2,1%, ou 20 mil), uma vez que houve relativa estabilidade no comércio e reparação (0,4%, ou 1 mil) e na indústria de transformação (-2,1%, ou -1 mil), além de estabilidade na construção. O segmento da administração pública, por sua vez, cresceu 7,1%, ou 11 mil.
No setor privado, houve ampliação no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (1,7%, ou 9 mil) e redução entre aqueles sem carteira assinada (-5,1%, ou -5 mil).
Verificou-se, ainda, crescimento no número de postos de trabalho entre os empregados domésticos (8,5%, ou 7 mil), enquanto diminuiu o contingente de trabalhadores autônomos (-1,6%, ou -4 mil) e o daqueles classificados nas demais posições, nas quais estão incluídos os empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (-2,3%, ou -3 mil).
Rendimento médio
Entre maio e junho de 2021, cresceu o rendimento médio real de ocupados (5,9%), assalariados (5,1%) e trabalhadores autônomos (5,6%), os quais passaram a equivaler a R$ 3.654, R$ 4.011 e R$ 2.068, respectivamente. Entre os assalariados, a remuneração média no setor privado variou negativamente (-0,4%) e aumentou no setor público (3,9%).
No setor privado, segundo a posição na ocupação, diminuiu o rendimento médio entre os empregados com carteira de trabalho assinada (-1,7%). Segundo o setor de atividade econômica, o salário médio variou negativamente no setor de serviços (-0,4%) e no comércio e reparação (-0,2%).
Fonte: Metrópoles.