- Publicidade - spot_imgspot_img
HomeBrasília“Não merecíamos isso”, dizem pais de bebê morto à espera de ambulância

“Não merecíamos isso”, dizem pais de bebê morto à espera de ambulância

Date:

Related stories

Lewandowski detalha operação para garantir tranquilidade nas eleições de domingo

Ministro da Justiça explica como Polícia Federal, Polícia Rodoviária...

Mais de 309 mil Carteiras de Identidade Nacional foram emitidas no Distrito Federal

Documento reduz fraudes, amplia e unifica padrões. Serviço é...

Governo Federal realiza primeiro voo para repatriar brasileiros no Líbano

Aeronave decolou do Rio de Janeiro na madrugada desta...

Distrito Federal supera a marca de um milhão de pessoas com carteira assinada

Estoque na capital federal superou a marca a partir...
spot_img

Preces e protestos de familiares e amigos marcaram a cerimônia de despedida de Enzo Gabriel no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, na segunda-feira (20/5). Na hora do adeus, balões brancos foram soltos, embalados por gritos de justiça. O bebê morreu na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, após esperar por transporte para uma unidade de terapia intensiva (UTI) durante uma madrugada inteira. Para a família, houve negligência.

Veja:


0

 

 

Os pais de Enzo, Cícero Jarbson Albino Alves, 28, e Cleuzivânia Alves da Silva Aguiar, 21, exigem que providências sejam tomadas, para que tragédias semelhantes não se repitam. “A dor da perda é um coisa que ninguém vai recompensar, por mais que a justiça seja feita. Mas, talvez, traga um pouco de consolo”, disse a mãe do bebê.

A família lembra com a aflição das promessas de uma ambulância para o transporte do garoto. Com esperança, os pais ligaram para amigos e familiares, mas o transporte não veio. Pela lembrança do casal, foram pelo menos 8 horas de espera. Ao longo da madrugada, Enzo sofreu quatro paradas cardíacas . “Eu chamava as enfermeiras. ‘Meu filho está sofrendo com dor’”, disse o pai do menino.

Enquanto esperava, Cícero pediu por socorro. “‘Ajuda meu filho!’ Eu falei, três, quatro vezes durante a noite”, lembrou. No entanto, a criança não sobreviveu. “As crianças não merecem passar por isso. Os pais não merecem passar por isso. Ninguém merece. A gente paga para ter um atendimento”, ressaltou. Para os pais, além da demora na chegada da ambulância, faltou o suporte devido para Enzo enquanto ele estava na unidade de saúde.

Por quê?

“Por não fez a remoção da criança se o estado dela é tão grave? Essa é a pergunta: cadê a ambulância? Cadê o amor à profissão? Cadê o amor ao próximo? Isso tudo custou a vida do nosso filho. Nosso filho era tudo para gente. Nossa esperança acabou quando a ambulância não chegou”, desabafou. O casal registrou ocorrência na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas)

“Onde ele passava chamava a atenção de forma carinhosa. Soltava beijo. Chamava: oi, oi, oi. E a pessoa tinha que olhar se não, ele não parava. A história que ele fez na Terra foi muito linda. Só lamentamos a forma como ele nos deixou”, concluiu Cícero.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela gestão das UPAs, lamentou o episódio, mas negou falha ou negligência no atendimento de Enzo.

Assine

- Nunca perca uma história com notificações

- Obtenha acesso total ao nosso conteúdo premium

- Navegue gratuitamente em até 5 dispositivos ao mesmo tempo

Últimas notícias

-Publicidade -spot_img

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here